Museu de Arte Sacra
Breve descrição da imagem: Fotografia colorida da fachada do Museu de Arte Sacra. A construção possui arquitetura colonial, é branca com detalhes na cor bege e telhado de telhas vermelhas. Há janelas largas e compridas em toda a extensão da fachada. Acima da porta de entrada, no topo, há uma cruz no centro. O museu é cercado por um muro branco com telhas amarelas e há muitas árvores dentro e fora da construção.
O Museu de Arte Sacra foi fundado em 1970 a partir de um convênio entre o Governo do Estado de São Paulo e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, ocupando desde então a ala esquerda térrea do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz e a antiga Casa do Capelão.
A relação do espaço com as pessoas com deficiência tem como protagonista a museóloga Waldisa Rússio. Nos anos 1980, existiam poucas opções de lazer e cultura equipadas para atender adequadamente o público com deficiência. Não existiam rampas nos espaços públicos e a cidade de São Paulo só possuía recursos de acessibilidade em algumas regiões, normalmente aquelas próximas a hospitais, centros de reabilitação ou sedes de instituições que prestavam assistência às pessoas com deficiência. Na dissertação de mestrado Lugares de Memória do Movimento Social das Pessoas com Deficiência na cidade de São Paulo de 1978 a 1981 levantamos a hipótese de criação de "guetos para pessoas com deficiência", uma vez que aparentemente esse público só tinha a possibilidade de cuidar de suas saúdes e depois voltar para a casa. As (ausências de) políticas públicas da época "negavam", de certa forma, que as pessoas com deficiência tivessem direito de viver na cidade, uma vez que suas especificidades eram muitas vezes ignoradas. Nesse cenário, Waldisa Rússio, sempre preocupada em tornar os museus espaços que pudessem ser fluidos por toda a população, realizou, em de abril de 1981, um curso no Museu de Presépios, que faz parte do Museu de Arte Sacra, intitulado Dinâmica de Museus no Trato do Visitante Deficiente.
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